Assim como vestiu seu Filho Jesus com uma túnica de valor inapreciável,
Maria Santíssima quer nos revestir, a nós, seus filhos adotivos, com a mais eficaz das vestimentas.
A primeira vestimenta foi confeccionada por Deus
A
primeira veste de que se tenha notícia na História remonta ao Paraíso
Terrestre. Conta-nos o Gênesis (3, 21) que, após a queda de nossos
primeiros pais, Adão e Eva, o próprio Deus lhes confeccionou túnicas de
pele e com elas os revestiu. Bem mais tarde, Jacó fez uma túnica de
variadas cores para o uso de José, seu filho bem-amado (Gn 37, 3). E
assim, as vestimentas vão sendo citadas nestas ou naquelas
circunstâncias, ao longo das Escrituras (Gn 27, 15; 1 Sm 2, 19; etc.).
Uma túnica porém, ocupa lugar "princeps" entre todas as vestimentas:
aquela sobre a qual os soldados deitaram sorte, por se tratar de uma
peça de altíssimo valor, pelo fato de não possuir costura. Uma piedosa
tradição atribui às puríssimas mãos de Maria a arte empregada em sua
confecção. Ao se darem conta, os esbirros, da elevada qualidade daquela
peça, tomaram a resolução de não rasgá-la.
Assim
vestia Maria a seu Filho Jesus, desde o seu nascimento, como esmerada e
devotada Mãe. E da mesma forma quer revestir também a nós, seus filhos
adotivos, Aquela que "como névoa cobre a terra inteira". Pois a Ela
fomos entregues na mesma ocasião em que os soldados, pela sorte,
decidiam sobre a propriedade da túnica de Jesus: "Mulher, eis aí teu
filho" (Jo 19,26). E que roupa nos oferece Ela?
Papas enaltecem o uso do Escapulário
Em 1951, por ocasião da celebração do 700º aniversário da entrega do Escapulário, o Papa Pio XII disse em carta aos Superiores Gerais das duas Ordens carmelitas: "Porque o Santo Escapulário, que pode ser chamado de Hábito ou Traje de Maria, é um sinal e penhor de proteção da Mãe de Deus".
Exatamente
50 anos depois, o Papa João Paulo II afirmou: "O Escapulário é
essencialmente um ‘hábito'. Quem o recebe é agregado ou associado num
grau mais ou menos íntimo à Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da
Virgem para o bem de toda a Igreja. (...) Duas são as verdades evocadas
pelo signo do Escapulário: de um lado, a constante proteção da
Santíssima Virgem, não só ao longo do caminho da vida, mas também no
momento da passagem para a plenitude da glória eterna; de outro, a
consciência de que a devoção para com Ela não pode limitar-se a orações e
tributos em sua honra em algumas ocasiões, mas deve tornar-se um
‘hábito'."
Esses
dois Pontífices confirmam, assim, manifestações de apreço ao
Escapulário feitas por vários de seus antecessores, tais como Bento
XIII, Clemente VII, Bento XIV, Leão XIII, São Pio X e Bento XV. Bento
XIII estendeu a toda a Igreja a celebração da festa de Nossa Senhora do
Carmo, a 16 de julho.
Eis
algumas das razões que unem os Arautos à Ordem do Carmo e por isso são
revestidos do Escapulário além de terem num bispo carmelita, Dom Lucio
Angelo Renna, um pai e protetor. ²
Dentre todos os "negócios" de que nos ocupamos nesta vida, há um de tão grande importância que deve ser tratado com absoluta prioridade, sob pena de fracassarmos em todos os outros: nossa salvação eterna!
Dentre todos os "negócios" de que nos ocupamos nesta vida, há um de tão grande importância que deve ser tratado com absoluta prioridade, sob pena de fracassarmos em todos os outros: nossa salvação eterna!
Certo
dia, um repórter meu amigo resolveu fazer em várias cidades uma
pesquisa sobre este assunto. Percorrendo as ruas,
perguntava aos transeuntes: "Você quer ir para o Céu ou para o Inferno?"
Impactadas, as pessoas respondiam, quase sem refletir: "Claro que quero
ir para o Céu!" E tocavam em frente... Alguns, nosso repórter conseguia
reter por mais um instante e fazer a segunda pergunta: "Quais os meios
que você emprega para alcançar tão grande felicidade?"
Resultado da pesquisa: 100% querem ir para o Céu. Porém, menos de 1% se preocupa sobre como fazer para lá chegar!
São
abundantes esses meios. Vamos aqui indicar um dos mais eficazes, que a
Mãe de Misericórdia põe à disposição de todos, sem qualquer exceção.
Quem se julgar indigno, por ser grande pecador, lembre-se do que disse
Jesus: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Lc 5, 32).
Trata-se
do uso do Escapulário do Carmo, recomendado por vários Papas e Santos.
Um destes, São Cláudio de La Colombière, afirma: "Não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça tão certa nossa predestinação".
Os grandes privilégios do Escapulário
No
dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora
ajuda para resolver um problema da Ordem Carmelitana, da qual era o
Prior Geral. Enquanto ele rezava, a Virgem apareceu- lhe, trazendo o
Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras palavras: "Filho
diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha
amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que
morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal
de salvação, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para
sempre". A Igreja assumiu o Escapulário e fez dele uma das devoções mais difundidas entre o povo de Deus.
"O Escapulário é essencialmente um ‘hábito'. Quem o recebe é
agregado ou associado num grau mais ou menos íntimo à
Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para
o bem de toda a Igreja. (Beato João Paulo II)
agregado ou associado num grau mais ou menos íntimo à
Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para
o bem de toda a Igreja. (Beato João Paulo II)
Em
nossa época de superstições, não é supérfluo esclarecer que o
Escapulário está longe de ser um sinal "mágico" de salvação. Não é uma
espécie de amuleto cujo uso nos dispensa das exigências da vida cristã.
Não basta, portanto, carregá-lo ao pescoço e dizer: "Estou salvo!"
É verdade que Nossa Senhora não pôs condição alguma ao fazer sua promessa. Simplesmente afirma: "Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno". Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio, é preciso usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável!
É verdade que Nossa Senhora não pôs condição alguma ao fazer sua promessa. Simplesmente afirma: "Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno". Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio, é preciso usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável!
Alguns exemplos atestam de modo eloqüente esta verdade.
Viajando
de automóvel em companhia de um bispo, o autor deste artigo viu uma
mulher entrar distraída na rodovia e ser esmagada por uma enorme carreta
cujo motorista não teve tempo de frear. O bispo mandou parar o
automóvel, desceu apressadamente, deu a absolvição sacramental e
ministrou a unção dos enfermos à mulher agonizante. Depois comentou
comovido: "Ela estava com o Escapulário do Carmo. Certamente foi
Nossa Senhora quem providenciou que um bispo estivesse passando por
aqui, justo neste momento!"
Um
caso diferente - narrado por Dom Marcos Barbosa na obra "O Escapulário
de Nossa Senhora do Carmo" - se passou na Inglaterra. Na hora da morte,
um cavaleiro conhecido por sua grande impiedade, em vez de pedir a Deus
perdão de seus pecados, blasfemava dizendo: "Quero o inferno e o diabo!"
Os presentes, horrorizados, chamaram São Simão Stock, o qual tomou o
Escapulário e estendeu- o sobre o blasfemador. Imediatamente este se
arrependeu e pediu os sacramentos. Segundo antiga e piedosa tradição, a
Santíssima Virgem, aparecendo ao Papa João XXII, prometeu livrar do
Purgatório, no primeiro sábado após a morte, todos os que portarem
devotamente o Escapulário. Este é o chamado "privilégio sabatino". Para
se beneficiar dele é preciso manter a castidade segundo o próprio
estado, recitar o Pequeno Ofício da Imaculada ou rezar um terço todos os
dias.
E
mais: cada vez que o devoto beijar o Escapulário com piedade, fazendo
um pedido à Santíssima Virgem, recebe uma indulgência parcial, isto é, a
remissão de uma parte das penas que devia cumprir no Purgatório.
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Quem
usa o Escapulário pode beneficiar-se também de indulgência plenária
(remissão de todas as penas do Purgatório) no dia em que o recebe, na
festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho; de Santo Elias, 20 de
julho; Santa Terezinha, 1º de outubro; dos santos carmelitas, 14 de
novembro; São João da Cruz, 14 de dezembro; São Simão Stock, 16 de maio.
Nossa
Senhora, a melhor de todas as mães, quer para seus devotos filhos não
somente os benefícios espirituais, mas também os temporais. Assim, quem
porta seu Escapulário recebe d'Ela uma proteção especial nos perigos da
vida quotidiana.
São
inumeráveis os exemplos desse desvelo da Virgem Mãe por seus filhos.
Dom Marcos Barbosa, na obra mencionada acima, narra dois bem
interessantes.
Em
Santo André (SP), uma menina de 5 anos caiu dentro de um poço de 20
metros de profundidade. Uma hora depois, foi encontrada boiando sobre a
água, com o Escapulário no pescoço. A família, naturalmente, atribuiu o
fato à proteção da Mãe do Carmelo.
Em
São Paulo, um jovem de 15 anos, ao atravessar de bicicleta uma via
férrea, foi apanhado pelo trem. Passado todo o comboio, ele se levantou
ileso e, beijando comovido seu Escapulário, exclamava: "Só tive tempo de
gritar: ‘Nossa Senhora do Carmo!' Foi o bentinho d'Ela que me salvou!"
O
Escapulário é um sinal de aliança com Nossa Senhora, e exprime nossa
consagração a Ela. Seu uso é um poderoso meio de afervorar os que vivem
em estado de graça e de converter os pecadores. Deus
não deixa sem recompensa nenhum benefício feito a uma pessoa
necessitada, mesmo um simples pedaço de pão dado a um indigente.
Imagine, pois, como Ele recompensará quem ajudar na salvação de uma
alma! Seja, portanto, você
também, um ardoroso propagador do santo Escapulário! Nossa Senhora lhe
retribuirá com toda espécie de graças e favores já nesta terra; e mais
ainda no Céu.
* * * * * * * * * *
Como receber e usar o Escapulário
1 - Qualquer padre tem poder para benzer e impor na pessoa o Escapulário.
2 - Essa bênção e imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez.
3 - Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.
4 - Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.
5 - Uma vez recebido, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme.
6 - Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.
7 - Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.
8 - O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.
3 - Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.
4 - Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.
5 - Uma vez recebido, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme.
6 - Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.
7 - Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.
8 - O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.
* * * * * * * *
Padres Arautos impondo escapulários durante a semana de missão em Salto de Pirapora - SP |
Oração a Nossa Senhora do Carmo
Ó Virgem do Carmo e mãe amorosa de todos os fiéis, mas especialmente dos que vestem vosso sagrado Escapulário, em cujo número tenho a dita de ser incluído, intercedei por mim ante o trono do Altíssimo.
Obtende-me que, depois de uma vida verdadeiramente cristã, expire revestido deste santo hábito e, livrando-me do fogo do inferno, conforme prometestes, mereça sair quanto antes, por vossa intercessão poderosa, das chamas do Purgatório.
Ó Virgem dulcíssima, dissestes que o Escapulário é a defesa nos perigos, sinal do vosso entranhado amor e laço de aliança sempiterna entre Vós e os vossos filhos. Fazei, pois, Mãe amorosíssima, que ele me una perpetuamente a Vós e livre para sempre minha alma do pecado.
Em prova do meu reconhecimento e fidelidade, ofereço-me todo a Vós consagrando-Vos neste dia os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e todo o meu ser. E porque Vos pertenço inteiramente, guardai-me e defendei-me como filho e servidor vosso. Amém.
Fonte: Site Arautos do Evangelho: www.arautos.org
Obtende-me que, depois de uma vida verdadeiramente cristã, expire revestido deste santo hábito e, livrando-me do fogo do inferno, conforme prometestes, mereça sair quanto antes, por vossa intercessão poderosa, das chamas do Purgatório.
Ó Virgem dulcíssima, dissestes que o Escapulário é a defesa nos perigos, sinal do vosso entranhado amor e laço de aliança sempiterna entre Vós e os vossos filhos. Fazei, pois, Mãe amorosíssima, que ele me una perpetuamente a Vós e livre para sempre minha alma do pecado.
Em prova do meu reconhecimento e fidelidade, ofereço-me todo a Vós consagrando-Vos neste dia os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e todo o meu ser. E porque Vos pertenço inteiramente, guardai-me e defendei-me como filho e servidor vosso. Amém.
Fonte: Site Arautos do Evangelho: www.arautos.org
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