quarta-feira, 28 de junho de 2017

Solenidade de São Pedro e São Paulo, 29 de junho.

Evangelho: Solenidade de São Pedro e São Paulo
Ao chegar à região de Cesaréia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” Eles responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Perguntou-lhes de novo: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. Jesus disse-lhe em resposta: “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu” (Mt 16, 13-19).
I – Considerações iniciais
   Difícil é encontrar alguém que nunca tenha comprovado a consonância da sonoridade obtida através de cristais harmônicos. Basta um simples golpe, em um só deles, para os outros ressoarem em concomitância. É, até, uma prova para se conhecer a autenticidade destas ou daquelas taças.
   Assim, também, no campo das almas. Discernimos a que é entranhadamente católica e com facilidade a diferenciamos da tíbia, atéia ou herética, quando fazemos “soar” uma simples nota: o amor ao Papado, seja quem for o Papa. Tornam-se encandescidas as almas fervorosas, indiferentes as tíbias, indispostas algumas, etc.
Pois esta é a matéria do Evangelho de hoje. A fim de nos prepararmos para contemplar as perspectivas que ele nos manifesta, ocorreu-nos reproduzir as considerações transcritas a seguir. Poderemos, assim, ter uma noção da qualidade do “cristal” de nossa alma:
   “Tudo quanto na Igreja há de santidade, de autoridade, de virtude sobrenatural, tudo isto, mas absolutamente tudo sem exceção, nem condição, nem restrição, está subordinado, condicionado, dependente da união à Cátedra de São Pedro. As instituições mais sagradas, as obras mais veneráveis, as tradições mais santas, as pessoas mais conspícuas, tudo enfim que mais genuína e altamente possa exprimir o Catolicismo e ornar a Igreja de Deus, tudo isto se torna nulo, maldito, estéril, digno do fogo eterno e da ira de Deus, se separado do Romano Pontífice. Conhecemos a parábola da videira e dos sarmentos. Nessa parábola, a videira é Nosso Senhor, os sarmentos são os fiéis.
   Mas como Nosso Senhor Se ligou de modo indissolúvel à Cátedra Romana, pode-se dizer com toda segurança que a parábola seria verdadeira entendendo- se a videira como a Santa Sé, e os sarmentos como as várias Dioceses, Paróquias, Ordens Religiosas, instituições particulares, famílias, povos e pessoas que constituem a Igreja e a Cristandade. Isto tudo só será verdadeiramente fecundo na medida em que estiver em íntima, calorosa, incondicional união com a Cátedra de São Pedro.
   “‘Incondicional’, dissemos, e com razão. Em moral, não há condicionalismos legítimos. Tudo está subordinado à grande e essencial condição de servir a Deus. Mas, uma vez que o Santo Padre é infalível, a união a seu infalível magistério [só] pode ser incondicional.
   “Por isto, é sinal de condição de vigor espiritual, uma extrema susceptibilidade, uma vibratilidade delicadíssima e vivaz dos fiéis por tudo quanto diga respeito à segurança, glória e tranqüilidade do Romano Pontífice. Depois do amor a Deus, é este o mais alto dos amores que a Religião nos ensina. Um e outro amor se confundem até. Quando Santa Joana d’Arc foi interrogada por seus perseguidores que a queriam matar, e que para isto procuravam fazê-la cair em algum erro teológico por meio de perguntas capciosas, ela

terça-feira, 27 de junho de 2017

Saiba mais sobre o vício da inveja, chamada de “cárie dos ossos”

No que consiste esse vício? Na tristeza por causa do bem alheio. Tanquerey, no seu Compêndio de Teologia Ascética e Mística, salienta que o despeito causado pela inveja é acompanhado de uma constrição do coração, que diminui a sua atividade e produz um sentimento de angústia. O invejoso sente o bem de outra pessoa "como se fosse um golpe vibrado à sua superioridade". Não é difícil perceber como esse vício nasce da soberba, a qual, como explica o fa­moso teólogo Frei Royo Marín, O.P.,"é o apetite desordenado da excelência própria". A inveja "é um dos pecados mais vis e repugnantes que se possa cometer", faz questão de sublinhar o dominicano.
Da inveja nascem diversos pecados, como o ódio, a intriga, a murmuração, a difamação, a calúnia e o prazer nas adversidades do próximo. Ela está na raiz de muitas divisões e crimes, até mesmo no seio das famílias (basta lembrar a história de José do Egito). Diz a Escritura: "Por inveja do diabo, entrou a morte no mundo"(Sb 2, 24). Paulo Eduardo Roque Cardoso
Eduardo Roque CardosoAqui está a raiz de todos os males de nossa terra de exílio. O primeiro homicídio da História teve esse vício como causa: "... e o Senhor olhou com agrado para Abel e para sua oblação, mas não olhou para Caim, nem para os seus dons. Caim ficou extremamente irritado com isso, e o seu semblante tornou-se abatido"(Gn 4, 4-5).
Esse vício comporta graus. Quando tem por objeto bens terrenos (beleza, força, poder, riqueza, etc.), terá gravidade maior ou menor, dependendo das circunstâncias. Mas se disser respeito a dons e graças concedidas por Deus a um irmão, constituirá um dos mais graves pecados contra o Espírito Santo: a inveja da graça fraterna.
"A inveja do proveito espiritual do próximo é um dos pecados mais satâ­nicos que se pode cometer, porque com ele não só se tem inveja e tristeza do bem do irmão, mas também da graça de Deus, que cresce no mundo", comenta Frei Royo Marín.
Todas essas considerações devem gravar-se a fundo em nossos corações, fazendo-nos fugir desse vício como de uma peste mortal. Alegremo-nos com o bem de nossos irmãos, e louvemos a Deus por sua liberalidade e bondade. Quem agir assim notará, em pouco tempo, como o coração estará sossegado, a vida em paz, e a mente livre para navegar por horizontes mais elevados e belos. Mais ainda: tornar-se-á ele mesmo alvo do carinho e da predileção de nosso Pai Celeste.

Por Monsenhor João S. Clá Dias, EP.

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segunda-feira, 26 de junho de 2017

26 de junho, dia de São Josemaria Escrivá

Josemaria Escrivá nasce em Espanha no dia 9.1.1902 e morre em Roma, a 26.6.1975. A 2 de Outubro de 1928, Deus faz-lhe ver o Opus Dei.
1902 - 1975

Biografia breve

Josemaria Escrivá nasceu em Espanha a 9 de janeiro de 1902 e faleceu em Roma a 26 de junho de 1975. A 2 de outubro de 1928, por inspiração divina, fundou o Opus Dei.

Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. (Mateus 5:11)

Calúnia...
Numa aldeia da Áustria, em 1847, vivia uma pobre mulher, viúva com cinco filhinhos, e os
sustentava com seu trabalho de costura e bordado. Uma jovem costureira, chamada Ana Geisel, invejosa da muita freguesia que tinha a viúva e desejosa que a perdesse, levantou-lhe uma calúnia: espalhou que a costureira tinha uma doença contagiosa das mais repugnantes. Os fregueses deram-lhe crédito e, não recebendo mais trabalho, a viúva viu-se obrigada a pedir esmola. Mas mesmo as portas daqueles que antes a favoreciam, agora se fechavam para ela. Por ocasião do jubileu de Pio IX, naquele ano, a invejosa caluniadora confessou a verdade e fez pública retratação numa declaração firmada de próprio punho. Essa declaração, a caluniadora mandou afixar no quadro de avisos da prefeitura; além disso, enviou à viúva uma pequena indenização pelos prejuízos causados e, logo, desapareceu da aldeia para ocultar sua vergonha. Paulo Eduardo Roque Cardoso
A pobre invejada e caluniada recobrou sua antiga freguesia, e daí em diante foi sempre muito favorecida de todos.

A detração é a difamação injusta do próximo, e pode ser realizada mediante a murmuração e a calúnia.
Só se dá detração se há injustiça; quer dizer: não haverá detração se a fama sofre detrimento justamente; p. ex., age justamente quem disser ter visto tal ladrão que acaba de roubar.        
A detração pode assumir as formas de murmuração ou de calúnia.
A murmuração consiste em criticar e revelar, sem justo motivo, os defeitos ou pecados ocultos dos outros.
Quando a falta é pública, este fato tira a quem a cometeu o direito de conservar a fama; direito que, apesar de tudo, tem enquanto o seu pecado permaneça oculto. No entanto, mesmo que a falta seja pública, se não existir justo motivo, também não há razão para a crítica, pois a fama já de si deteriorada ainda mais seria desfeita. Por ex., mesmo quando for patente a corrupção ou a inaptidão de certas pessoas, não se deve fazer crítica por criticar, pois faltaria motivo justo.
A calúnia consiste em imputar a outrem defeitos ou pecados que não tem ou não cometeu.
Também se pode cometer este pecado exagerando consideravelmente os verdadeiros defeitos do próximo.     
A detração é em si pecado grave, mas admite matéria leve. A razão já foi dita: o homem tem direito estrito à sua fama e, sem causa justa, não é lícito tirá-la.
A gravidade do pecado de detração mede-se por:
Paulo Eduardo Roque CardosoA importância do divulgado.
O prejuízo causado, não só na reputação do próximo, mas ainda porque lhe causa grave perturbação e desgosto
A condição do murmurador: p. ex., uma pessoa constituída em autoridade causa mais prejuízo ao murmurar do que outra tida por leviana e pouco séria.
A condição do difamado: porque não é o mesmo dizer que um colega é um mentiroso, ou dizê-lo do professor.
Depravada é a natureza do homem. De preferência procura praticar o que é proibido, em vez de fazer o bem.
O pecado da detração é tão comum como o do furto, havendo muitos que em nenhuma consideração têm a reputação do próximo, não calculando talvez as graves consequências da detração, tanto para a vítima da mesma como para o próprio detrator.
A detração é um furto. Santo Tomás de Aquino escreve: "De duas maneiras pode o próximo ser prejudicado por obra: ou manifestamente, como acontece, quando é vítima de um roubo ou de uma outra violência aberta; ou ocultamente, como no furto, a modo de traição. De duas maneiras pode-se causar prejuízo ao próximo pela palavra de modo manifesto, pela injúria, e de modo oculto pela detração" (Suma Teológica, 2.a 2.a 9. 73, a. 1.). A detração ou maledicência não é outra coisa senão uma injusta difamação da reputação de outrem, por meio de palavras ocultas, ditas na ausência da pessoa em questão. O procedimento do detrator, é o mesmo do gatuno; este furta bens, aquele lesa boa fama do próximo. A detração é feita de dois modos: diretamente quando se atribui à outra pessoa uma falta que não cometeu, um vício que não tem; quando se exagera a falta ou o crime realmente cometido; quando, sem necessidade, se revela faltas ocultas do próximo, ou então quando se interpreta mal uma boa ação do mesmo, como se a tivesse praticado de má intenção. Indiretamente a boa fama do próximo fica comprometida, negando, maldosamente ou diminuindo o seu merecimento.
A detração é de todos os furtos o mais grave. O furto avulta-se mais grave, quanto maior for o prejuízo por ele causado. O dano é tanto mais sensível, quanto mais estimado é o objeto furtado. Ora, a boa fama é superior a todas as riquezas materiais. Diz a Escritura: "Melhor é um bom nome, que muitas riquezas" (Pr 22, 1) Embora pobres, mas gozando boa fama, seremos úteis membros da sociedade; sem ter boa reputação, o bem que fazemos, é capaz de ser recebido com desconfiança. Daí devemos deduzir que a detração, a maledicência é de todos os furtos o maior e "em si pecado grave" (Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica 2.a 2.a). Leve é considerada a detração, quando é feita por leviandade, sem que disso resulte dano maior para o próximo; mas quem pode calcular e prever o efeito que uma palavra falada pode ter? Quem pode se assegurar de sua detração ter produzido apenas uma leve arranhadura?
O ladrão nem sempre tem cúmplices; o detrator forçosamente os tem. Se não os tivesse, a fama do próximo nada sofreria. Ora, "... quem tais coisas faz - diz São Paulo, - é digno de morte; e não só quem as faz, como também aqueles que em comum acordo com ele as praticam" (Rm 1, 32). Quem dá ouvidos ao detrator, torna-se participante do pecado do mesmo; pois sua presença o anima a difamar o próximo:"Não sei quem está mais em perigo de se condenar: o detrator mesmo ou aquele que o aplaude" (São Bernardo de Claraval).  Assim quem ouve a difamação, não se lhe opondo como devia, dá escândalo contra a caridade, pois sua atitude dá coragem e ânimo ao difamador a cometer o pecado; peca contra a justiça, porque permite que em sua presença se retalhe o bom nome do próximo. A cumplicidade será naturalmente menos acentuada e menos culpável, se há motivos bastantes e fortes, que aconselham ou impõem o silêncio, como sejam o medo e o acanhamento de se opor ao difamador.
Mas o que dizer daqueles que com seu dinheiro, com seu talento, com o prestígio que possuem, ajudam e sustentam a difamação sistemática feita pela má imprensa? Há uma    certa    imprensa, que não perde ocasião de vomitar   difamações contra o Papa e contra a Igreja. E estas difamações correm em milhares de exemplares pelas cidades, entram nas    famílias, nas oficinas e em toda parte. Não falta gente que, não    tendo    o costume de pensar, toma por verdade tudo que a imprensa lhe engoda e considera o jornal o intérprete infalível da verdade.  Que terrível julgamento no tribunal de Deus não terão aqueles escritores infames que   molham sua pena no veneno da difamação e da calúnia.  Que responderão a Deus, eles, como também os leitores e assinantes de tais jornais, instrumentos diabólicos que são para desacreditar   a religião e afastar    as    almas de Deus!
Se ao ladrão, difícil é a restituição dos  bens que furtou, incomparavelmente    mais difícil é reparar os males    da difamação. A boa fama não é uma moeda que possa sem o menor incômodo ser trocada por outra do mesmo valor.  O objeto roubado fica nas mãos do ladrão. O furto, outras consequências não precisa ter senão entre o gatuno e sua vítima.  A difamação, porém, se difunde e se espalha pavorosamente. Como o ladrão, se não lhe é possível restituir tudo, é obrigado a restituição parcial; assim o difamador, assim seu cúmplice: obrigados são a reparar o mal que causaram.
São obrigados a desmentir, se não disseram    a verdade; devem reduzir aos devidos termos suas afirmações, se houve exagero da sua parte. Se o fato difamante é verdade, e se nós nos encarregamos de torná-lo publicamente conhecido, não havendo, pois, detração propriamente dita da nossa parte, devemos, entretanto, procurar meios para desculpar o pecador e atenuar as circunstâncias. Se, apesar das nossas indiscrições, a falta do próximo não chegou a ser conhecida por muita gente, a caridade e a justiça obrigam-nos a calarmos. Sejam como forem as circunstâncias, ponhamo-nos sempre ao lado dos defensores do culpado, procurando nós desta maneira desmanchar o mau efeito que a nossa imprudência ou maldade mesma produziram.
Fujamos dos difamadores, dos intrigantes e mexeriqueiros.
É gente maligna que muito tem da cobra que morde no escondido. Se o próximo fez mal e pecou, pecado maior comete quem o difama. Façamos sempre o melhor conceito possível do próximo. Se um dia aparecer uma falta dele grave e patente, condenamo-la em silêncio, sem que nos arvoremos em seu juiz e muito menos ainda devemos torná-la pública. O pensamento de sermos capazes também de praticar os mesmos pecados, e ainda maiores, se a ocasião para isso se oferecer, e a graça de Deus nos faltar, deve manter-nos sempre na prudente reserva.

Milhares de pessoas difamam o próximo e pensam que estão puros diante de Deus. Quanta ilusão!

Conta-se que um discípulo do sábio Sócrates, querendo contar-lhe um fato que ouvira numa roda de conhecidos, começou assim:
- Ouve, mestre, o que se diz de um teu amigo...
- Pára! Pára! - interrompeu-o o filósofo. - Já passais por três peneiras o que me vais contar?
- Por três peneiras!? - exclamou o discípulo, admirado.
- Sim, meu amigo, por três peneiras. Vejamos se o que me desejas contar pode passar por elas. A primeira é a verdade. Tens plena certeza do fato? Examinaste seriamente se é verdade?
- Não examinei, mas ouvi falar...
- Bem - atalhou Sócrates - pois que não passa pela primeira, estás certo de que passará pela segunda peneira? Se o que me queres contar, se bem que duvidoso, é ao menos alguma coisa boa?
- Boa, propriamente, não é. Compromete...
- Ora - interrogou novamente o mestre - se é duvidoso e mau o que me vens contar, vejamos se consegue salvar-se na última peneira. Tens motivos graves para contar o que ouviste? Será necessário que eu seja informado?
- Necessário, propriamente, não, mas...
Sorriu, então, o filósofo e continuou sua lição, dizendo:
- Se o que me desejas contar é duvidoso, não é coisa boa, nem precisa ser conhecido por outros, melhor será não contá-lo.
A difamação é um pecado como a calúnia e a maledicência. 

CUIDAR E DEFENDER A BOA FAMA

Entende-se por fama a boa ou má opinião que se tem de uma pessoa.  Todo o homem tem direito ao bom nome, por força da sua dignidade natural de ser-racional, criado à imagem e semelhança de Deus.
Durante o julgamento de Cristo diante do Sinédrio, um servo do Sumo Sacerdote deu uma bofetada no Senhor, que tinha respondido a uma pergunta de Caifás. E Jesus defende-Se, dizendo: "Se falei mal, mostra-Me em quê; mas, se falei bem, por que Me bates?" (Jo 18, 23).   
Jesus deu-nos o exemplo de como se deve defender a boa fama quando injustamente nos atacam.
A difamação do próximo constitui pecado contra a justiça estrita, e obriga a restituir.

RESTITUIÇÃO DA FAMA

Assim como quem causa dano a outro em seus bens materiais tem obrigação de os reparar, com igual
Como reparar a maledicência lançada?
ou maior razão isto se deve fazer nos bens espirituais, por estes serem de maior valor que aqueles. Para que alguém esteja obrigado a reparar a fama, é preciso que se dêem estas três condições simultâneas.
Primeira: Que se lhe tenha tirado por meios injustos a fama a que tinha direito.
Segunda: Que a nossa ação tenha sido causa verdadeira e não mera ocasião. 
Terceira: Que se tenha pecado ao tirar a fama a outro. No entanto, neste último caso, mesmo que não houvesse culpa da nossa parte, ao danificar a sua fama, temos de repará-la se o pudermos fazer facilmente, se não por obrigação de justiça, pelo menos por caridade. 
O Catecismo da Igreja Católica no n° 2487 ensina: "Toda falta cometida contra a justiça e a verdade impõe o dever de reparação, mesmo que seu autor tenha sido perdoado. Quando se torna impossível reparar um erro publicamente, deve-se fazê-lo em segredo; se aquele que sofreu o prejuízo não pode ser diretamente indenizado, deve-se dar-lhe satisfação moralmente, em nome da caridade. Esse dever de reparação se refere também às faltas cometidas contra a reputação de outrem. Essa reparação, moral e às vezes material, será avaliada na proporção do dano causado e obriga em consciência".
                   
VOCÊ CONFESSA ESSE PECADO?

Católico, examine bem a sua consciência perguntando:
Levantei calúnia ou falsos testemunhos?
Menti com prejuízo do próximo?
Manifestei ou publiquei alguma falta ou defeito oculto do próximo?
Murmurei do próximo?
Semeei discórdias, mexericos ou enredos, ou tenho dado prejuízo a outrem por causa da minha má língua?
Reparei o mal que fiz com calúnias, detrações, etc?

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Bibliografia

Bíblia Sagrada
Pe. J. Bujanda, Teologia Moral para os fiéis
Ricardo Sada e Alfonso Monroy, Curso de Teologia Moral
Pe. Francisco Alves, Tesouro de Exemplos
Pe. João Batista Lehmann, Euntes... Praedicate!
Catecismo da Igreja Católica

Segundo Catecismo da Doutrina Cristã

Fonte: http://www.filhosdapaixao.org.br/escritos/comentarios/escrituras/escritura_0162.htm
Obs.: as imagens não pertencem ao artigo original.

Esclarecimento dos Arautos do Evangelho sobre campanha difamatória

Uma pergunta que necessita urgente resposta:
“A quem aproveita essa campanha difamatória?”

Tem circulado em algumas mídias sociais, de modo ilegal, vídeos privados de bênçãos de libertação feitas por sacerdotes arautos, bem como de reuniões privadas de uma comissão da mesma instituição, formada para estudar fenômenos preternaturais, dentre os quais, pretensas revelações feitas pelo maligno.

A divulgação de tais vídeos, promovida principalmente por Alfonso Beccar Varela (Filho) e Marcos Lofrese Junior, costuma vir acompanhada de títulos e comentários tendenciosos, incluindo montagens e edições, com notória inclinação difamatória e passional, não excluindo, em alguns casos, o lamentável recurso ao burlesco.

Recentemente, o senhor Alfonso Beccar Varela iniciou, também, uma campanha de arrecadação de fundos, para “ajudar economicamente com uma contribuição para ajudar a difundir” os vídeos.

Diante desse cenário, cabe uma palavra da entidade que se vê mais diretamente prejudicada por esta campanha orquestrada por motivos até agora desconhecidos: os Arautos do Evangelho.

Os Arautos do Evangelho são uma Associação Privada de Fiéis de Direito Pontifício que congrega, também, um ramo clerical (de sacerdotes e diáconos), a Sociedade de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli.

Por ter-se tornado notória a disponibilidade dos padres arautos para prestar auxílio espiritual nas situações mais adversas – como o atendimento de confissões sem restrição de dia ou horário, a unção dos enfermos em inúmeros hospitais e até mesmo em situações de desastres – não tardou que fiéis também passassem a vir até nós pedindo auxílio contra ações que supunham ser de espíritos malignos.

Considerando que a maioria dessas situações é de urgência, bem como tendo em vista que, ante a negativa de um sacerdote, não é raro que pessoas procurem refúgio em outras religiões ou denominações, os padres arautos – embora respeitado o princípio da sã liberdade religiosa – sentem-se obrigados a nunca negar também esse socorro, administrando, assim, bênçãos comumente designadas de "cura e libertação". Vale ressaltar aqui que a denominação "exorcismo" é empregada corriqueiramente pelos padres no seu sentido lato, ou seja, de uma oração e/ou cerimônia religiosa para esconjurar – em forma de súplica - o demônio e outros espíritos malignos, e não necessariamente no sentido estrito, que seria propriamente o exorcismo do rito canônico.

Nas bênçãos em que o demônio se manifesta, não é raro que ele profira declarações utilizando-se das cordas vocais dos indivíduos que estariam em possessão, geralmente com alteração do timbre de voz costumeiro do fiel. Essas declarações, via de regra, devem ser tomadas com toda a prudência, afinal, é sabido que o demônio é conhecido como o "pai da mentira".

Eis que começaram, então, a chegar relatos - decorrentes de bênçãos realizadas em diferentes locais - dando conta de que o maligno, de posse de pessoas totalmente alheias aos Arautos do Evangelho, estaria falando coisas referentes a essa Instituição, aos seus integrantes e a autoridades eclesiásticas e civis.

Diante do inusitado de tais eventos, passaram eles a ser comunicados à direção dos Arautos, por meio de relatórios escritos, o que motivou a constituição de uma comissão de padres para estudar o assunto, em reuniões privadas.

Tendo em vista o fato de que os Arautos são uma associação na qual a maioria de seus membros leva vida comunitária e fraterna, nada mais plausível que essas experiências e relatos, sobretudo os mais intrigantes, fossem compartilhados entre os sacerdotes, assim como é feito com tantas outras repercussões de atividade pastoral, sempre, contudo, restritas àquele círculo de religiosos.
No caso específico da luta contra o demônio, é perfeitamente compreensível que os sacerdotes arautos ajam com naturalidade frente a relatos que causariam espanto a muitas pessoas leigas, pois estão mais familiarizados com esse tipo de situação, e igualmente precavidos sobre o que pode ser tomado a sério e o que deve ser descartado.

Nesse contexto, dado que os membros dessa comissão estão constantemente em missão - seja no Brasil, seja no exterior - gravações em vídeo ("filmagens") das reuniões são sempre feitas por um dos participantes, especificamente designado e autorizado a fazê-lo, sendo tais vídeos posteriormente arquivados e remetidos aos que se encontravam ausentes na ocasião.

Esse envio é feito mediante o compromisso de se tomar conhecimento do material reservadamente e, em seguida, apagá-lo, como consta nos documentos em posse da direção da entidade. Com esse mesmo intuito, foram realizadas filmagens de algumas dessas bênçãos, quando ministradas a pessoas do círculo interno dos Arautos, já explicadas em nota anterior.

No entanto, alguém - que ainda desconhecemos - teve acesso a gravações de reuniões, e forneceu indevidamente esse material a um ex-membro da TFP (Tradição, Família e Propriedade) e antigo desafeto dos Arautos: o antes mencionado senhor Alfonso Beccar Varela (Filho), o qual, por sua vez, é mantenedor de um blog sediado nos Estados Unidos.

Essa filtração de material confidencial, reservado, está sendo objeto de apuração interna, com vistas a identificar o autor, verificar suas reais intenções, bem como adotar medidas disciplinares adequadas, sem prejuízo de outras de caráter judicial.

De tais reuniões, vale destacar, realizadas no foro privado e confidencial, não resultou nenhuma diretriz específica, nem para os sacerdotes, nem para o restante dos componentes da Instituição; não decorreu nenhuma mudança de conduta dos Arautos, seja perante as pessoas nelas referidas, seja perante as demais autoridades civis e eclesiásticas – fato que é público e notório; e, sobretudo, seu conteúdo não foi, de forma alguma, propagado ao público em geral.

Ressalte-se que mais de um ano já decorreu da gravação da maioria desses vídeos e os Arautos continuam sua caminhada em seu apostolado, de forma inalterada.

O referido senhor Alfonso Beccar Varela afirma que possui mais vídeos e que continuará a publicá-los. Talvez consiga fazê-lo, até o momento em que o braço da lei – brasileira e/ou norte-americana – o atingir, máxime tendo em conta, dentre outros, a violação da intimidade, vida privada, honra e imagem de pessoas, bem como a violação de direitos autorais.

De tudo isso, entretanto, é de se indagar: a quem aproveita essa campanha difamatória? Qual o intuito, se tomado em consideração à luz da caridade cristã, tanto da pessoa que encaminhou os vídeos das reuniões, quanto, principalmente, das pessoas que os divulgam, tendo em conta que, insatisfeitas com um instituto da Igreja, ao invés de se valerem dos instrumentos próprios, seja na esfera civil, seja na esfera eclesiástica, fazem uso indevido de material confidencial e privado, obtido de forma ilícita, distorcendo a imagem da Instituição perante o público?

De qualquer forma, seja qual for o conteúdo que os detratores venham a explorar dessas reuniões e vídeos, convém reiterar: são eventos de circulação exclusivamente interna, de caráter estritamente informativo aos padres arautos membros da comissão.

De fato, a delicadeza do tema e o direito à privacidade das pessoas vítimas das ações malignas obstaculizam a divulgação mais ampla. Privacidade essa, no entanto, que não temeram violar, de forma totalmente ilícita, os que agora publicam os mencionados vídeos.

Encerramos esta nota reconhecendo que, de fato, temos mais inimigos do que imaginávamos - e inimigos devotados, que giram como satélites ao nosso redor, mas que precisam, na tentativa de nos destruir, utilizar-se de condenáveis manobras, valendo-se de material privado, coletado de maneira antiética e na clandestinidade, e levianamente divulgado no universo tantas vezes frenético e questionável da internet.

Fazem isso porque, certamente, nunca conseguirão atacar, nem o respeito e devoção com que os Arautos celebram o Sacrifício Eucarístico; com que administram os Sacramentos a todos; com que adoram permanentemente o santíssimo Corpo de Cristo presente nos ostensórios das capelas e Igrejas; com que celebram diariamente as Horas; com que prestam culto especial, principalmente mediante a recitação do rosário, à Virgem Mãe de Deus; nem, muito menos, a harmoniosa cooperação com as autoridades eclesiásticas em todas as suas esferas.

As pessoas que estão promovendo a referida campanha difamatória, por motivos até o momento desconhecidos, causam, com seu proceder, graves danos, seja para a boa fama das autoridades e personalidades mencionadas, seja para a própria Igreja.

Os Arautos do Evangelho, consagram a São José, padroeiro da Igreja, a própria defesa, na certeza de não serem desamparados pelo pai virginal de Jesus e esposo digníssimo de Maria. A ele confiam também o bem espiritual e moral das partes interessadas, e, mesmo ainda, dos próprios detratores da instituição.


sexta-feira, 23 de junho de 2017

VÍDEO INSTITUCIONAL SOBRE OS ARAUTOS DO EVANGELHO

VÍDEO INSTITUCIONAL DOS ARAUTOS DO EVANGELHO

24 de junho, dia de SÃO JOÃO BATISTA

Natividade de São João Batista - Arautos do Evangelho
A liturgia faz-nos celebrar a Natividade de São João Batista, o único 
Santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o
início do cumprimento das promessas divinas
João é aquele «profeta», identificado com Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda …
Depois de Nossa Senhora, talvez seja João Batista o santo mais venerado pelos Cristãos. Como a Santa Mãe de Deus, dele também se celebra a data de dois nascimentos: para a vida terrena, em 24 de junho, e para a vida eterna em 29 de agosto. Aliás, São João e Maria Santíssima eram parentes bem próximos.
São João Batista.jpg
Já no Antigo Testamento encontramos trechos que se referem a São João Batista, o Precursor: estrela da manhã que com o seu brilho excedia o brilho de todas as outras estrelas e anunciava a manhã do dia abençoado, iluminado pelo Sol espiritual de Cristo (Mal. 4:2). Ver Isaías.
Por causa de suas pregações, São João foi logo tido como profeta. Aquela categoria de homens especialmente escolhidos pela Providencia que, falando por inspiração divina, prenunciam os acontecimentos, ouvem e interpretam os passos do Criador na história, orientando o caminhar do povo de Deus.
Os Santos Evangelhos referem-se a ele como sendo um desses homens. Talvez como sendo o maior deles (Lc 7, 26-28), uma vez que com São João Batista a missão profética atingiu sua plenitude e ele é um dos elos de ligação entre o

Perseguição à instituição católica baseou-se em fraudes jornalísticas

Redação (Sexta-feira, 23-06-2017, Gaudium Press) Um artigo intitulado “Perseguição à instituição católica baseou-se em fraudes jornalísticas”, publicado nesta semana no site Expresso Ceará, explica o grande erro cometido por diversos veículos da grande imprensa que, desde a semana passada, estão divulgando informações falsas e mal apuradas sobre a Associação Católica Arautos do Evangelho.
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De acordo com a matéria, o jornal ‘O Globo’ publicou uma nota afirmando que “a instituição possui padres exorcistas que são satanistas”. Em seguida, a Folha de São Paulo divulgou que “os membros da instituição desejavam a morte do Papa e que fizeram pacto com o diabo”. Não foi preciso esperar muito tempo para que notícias desse tipo se alastrassem pela internet em sites e blogs de todo o tipo. “Notícias mal produzidas”, “descompromissadas com a verdade”, e “fraudulentas” acabaram caluniando a entidade que está presente em 78 países e possui cerca de 200 sacerdotes.
“Não dá pra negar que as manchetes estimulam a curiosidade do leitor, mas, basta pensar um pouco (muito pouco mesmo) e perceber que as matérias são incongruentes na essência”, afirma o site. Em seguida dá um exemplo: “seria o mesmo que soltar uma matéria com o título ‘construtor de casas deseja que pessoas morem na rua e não comprem mais moradias’. Surreal assim”.
A matéria aponta uma das principais falhas dos jornalistas que aceitaram publicar essa notícia: a falta de apuração. “É obrigação do jornalista apurar e checar antes de divulgar. A apuração está associada a checagem dos fatos, e é o que difere os jornalistas de todos os outros profissionais envolvidos na elaboração de um jornal”, explica.
Segundo apuração do site Expresso Ceará, os Arautos do Evangelho não foram procurados pelos jornalistas que produziram essas matérias. Ou seja, ninguém procurou ouvir o outro lado. Além disso, “as falsas matérias afirmavam que havia sido montada uma comissão do Vaticano para investigar os Arautos”, entretanto, a Santa Sé não se pronunciou sobre o caso.
Para o articulista, a única explicação para essa forte divulgação de notícias “é caluniar e criar uma imagem extremamente negativa sobre tal entidade, que, não por coincidência é uma instituição católica”.
“A forma e conteúdo da notícia apontam para uma prática já conhecida no meio jornalístico: a ‘rec’, quando a matéria é ‘recomendada’ pela alta direção da empresa ou atende interesses de pessoas ou entidades a eles ligados”, conclui a notícia. (EPC)
Referência: http://www.arautos.org/secoes/noticias/noticia/perseguicao-a-instituicao-catolica-baseou-se-em-fraudes-jornalisticas-193712

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Olhos de Águia

"Não sou uma águia, dela tenho simplesmente os olhos e o coração, pois apesar de minha pequenez extrema, ouso fitar o Sol Divino [...] e meu coração sente em si todas as aspirações da águia".
Irmã Marcela Alejandra Ruiz Reyes, EP
Quando o Sol, ainda tímido, deita seus primeiros raios sobre as altas cordilheiras, o panorama vai adquirindo aos poucos uma luminosidade toda especial que faz coruscar como minúsculos diamantes o alvo manto de neve no cimo das montanhas mais elevadas. E à medida que a presença do Astro Rei ganha força, a neve se derrete levemente em alguns recantos da encosta, fazendo escorrer torrentes de água cristalina que rompem o silêncio da aurora com seu inconfundível e agradável murmúrio.
Entre os picos que se levantam sobranceiros, algo convida nosso espírito à contemplação e ao heroísmo. Trata-se de uma majestosa ave que, depois de se ter despertado junto com o nascer do Sol, cruza os ares com grandeza: a águia real.

Sentindo-se inteiramente à vontade em tão espetacular cenário, ela voa com elegância, desafiando as alturas e parecendo estar no ar por puro prazer. Mas se a observarmos com mais cuidado, veremos que ela presta muita atenção no que acontece nos vales profundos e nas íngremes vertentes.
De repente, sua vista extremamente aguçada divisa uma presa que lhe reporá as energias. Investe, então, com uma velocidade vertiginosa - que pode passar até de 150 km/h - e a apanha certeira, com suas garras afiadas. Uma vez alimentada, fixa o Sol como se quisesse atingi-lo e outra vez fende os ares com audácia, em sua direção.
Contemplando-a levantar voo, ela nos dá ideia do que é a ousadia que não duvida nem toma precauções pequenas e mesquinhas. Sua forma de sulcar os céus evoca a beleza das almas que, no supremo heroísmo do desapegar-se das coisas da Terra, se abandonam nas mãos de Deus, dispostas a enfrentar todos os riscos desta vida, para contemplar eternamente a luz do Criador.
Tal é a Virgem Santíssima que, em sua humildade, voa como uma águia mística pelos céus inexcogitáveis do amor a Deus. E assim também são as almas que, reconhecendo sua debilidade para alcançar o Céu, podem dizer com Santa Teresinha: "Não sou uma águia, dela tenho simplesmente os olhos e o coração, pois apesar de minha pequenez extrema, ouso fitar o Sol Divino, o Sol do Amor, e meu coração sente em si todas as aspirações da águia...".1 ² 1 SANTA TERESA DE LISIEUX. Manuscrito B. O passarinho e a águia divina. In: Obras completas. São Paulo: Paulus, 2002, p.175. (Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2014, n. 152, p. 50-51)

Site católico defende Arautos do Evangelho de ataques de mídias seculares

Abaixo, reproduzimos o artigo publicado pela CATÓLICA CONECT, em 21 de junho de 2017, sobre os Arautos do Evangelho.

CATÓLICA CONECT
 LEVANDO AS NOTÍCIAS DA IGREJA 
ATÉ VOCÊ

Quem são os Arautos do Evangelho realmente?



Após avassaladora enxurrada de notícias na internet decorrentes das mídias seculares, acerca dos Arautos do Evangelho, foi realizada uma análise, e nos deparamos com notícias que falavam alguma coisa extremamente negativa sobre tal instituição católica. A página ‘O Globo’ lançou matéria dizendo que a instituição conservadora de padres exorcistas, são

terça-feira, 20 de junho de 2017

Quem é como Deus?

AUTOR: PE. PEDRO MORAZZANI ARRÁIZ, E.P
18Os anjos foram dotados por Deus de inteligência perfeitíssima e, no entanto, pecaram, revoltando-se contra seu Criador. Mistério do mal... São Miguel, por sua fidelidade, recebeu em prêmio a missão de proteger a Santa Igreja.
Todos os domingos, um incontável número de fiéis no orbe católico canta ou recita durante a celebração da sagrada Eucaristia o símbolo da nossa fé. As verdades de nossa santa religião são proclamadas, uma após outra, numa inspirada e sublime síntese, Sao Miguel - Ausboug-Viena-Austria_.jpgaté completar a totalidade da única doutrina da fé: “Assim como a semente da mostarda contém num pequeníssimo grão um grande número de ramos – ensina-nos São Cirilo de Jerusalém -, da mesma forma este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento” (1).
“Creio em Deus Pai todo-poderoso!” Depois desta primeira e fundamental afirmação, da qual dependem todos os outros artigos do Credo, proclamamos em seguida “o começo da história da salvação” (2): “Criador do Céu e da terra!”
O mistério da criação
Deus, Ser absoluto e eterno, não precisava de nenhuma criatura que Lhe rendesse homenagens e reconhecesse sua grandeza sem limites. Entretanto, em sua misericórdia, quis criar, não para aumentar a própria glória, intrínseca e sempiterna, mas para manifestar seu amor todo-poderoso e “comunicar sua glória” (3) aos seres por Ele criados, fazendo-os participar de sua verdade, sua bondade e sua beleza.
Uma imensa multidão de criaturas diversas e desiguais – seres visíveis e invisíveis, inteligentes ou desprovidos de razão, dispostos numa maravilhosa hierarquia – constituiu então a Ordem do universo, reflexo da perfeição adorável do Ser infinito, que só se manifestaria totalmente, na plenitude dos tempos, por seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, o Verbo eterno encarnado.
Explica o Doutor Angélico que “todo efeito representa algo da sua causa” (4). Assim, em todas as criaturas podemos encontrar vestígios da eterna Sabedoria que as tirou do nada: nos astros que enchem as vastidões do firmamento e cujas constelações encontramse separadas, às vezes, por milhões de anos-luz; nos diminutos grãos de areia, jamais iguais entre si, que cobrem desertos e praias; na variedade assombrosa de vegetais, que vai da “erva do campo que hoje existe e amanhã é queimada” (Mt 6, 30) às seculares sequóias e jequitibás; no admirável instinto dos insetos, na fidelidade quase inteligente de um cão, na delicadeza virginal de um arminho, nos milhares de micróbios que podem pulular numa gota de água… Mas quis Deus espelhar-se sobretudo no homem, criando-o à sua imagem. E ao constituí-lo um composto de corpo corruptível e alma imortal, o tornou elo de ligação entre a matéria e o mundo espiritual.
O mundo angélico
Porém, no alto desta grandiosa hierarquia, “superando em perfeição todas as criaturas visíveis” (5), colocou Deus a natureza angélica: espíritos puros, inteligentes e capazes de amar, cheios da graça divina desde o início de sua existência, na aurora da primeira manhã da criação. Distribuídos e ordenados por Deus em nove coros (6) – Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos – constituem o exército da celeste Jerusalém e receberam a tríplice missão de perpétuos adoradores da Santíssima Trindade, executores dos divinos desígnios e protetores do gênero humano.
Imensa e incalculável é esta corte do Senhor. “Porventura podem ser contadas as suas legiões?”, pergunta o livro de Jó (25, 3). E o profeta Daniel, abismado, escreveu: “Eram milhares de milhares os que o serviam, e mil milhões os que assistiam diante d’Ele” (Dn 7, 10). Entretanto, cada um desses espíritos possui uma personalidade própria, inconfundível e específica, não havendo sido criado um igual ao outro (7).
O primeiro dos anjos
A tanta diversidade e esplendor quis Deus colocar um ápice, um ponto monárquico, um ser que espelhasse de modo inigualável a luz eterna e inextinguível. Maravilha dentre as maravilhas, obra-prima do mundo angélico, fulgurava no mais alto dos coros e todos extasiavam-se diante dele. “Tu