quarta-feira, 31 de maio de 2017

Frutos do Espírito Santo

O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade e Ele é o "Senhor que dá a vida e que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas." O Espírito Santo é o dador de todos os dons e carismas extraordinários; todos os frutos espirituais provêm d'Ele.
O Espírito Santo vem às nossas almas no dia do nosso Baptismo, derramando sobre nós as três virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade. E vem de um modo mais solene no dia em que recebemos o Sacramento do Crisma ou Confirmação, onde recebemos a efusão do Espírito que derrama sobre nós os sete dons: A Sabedoria ou Sapiência, o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor de Deus.
O Espírito Santo, para além de derramar as sete grandes colunas cristãs, confere ao cristão doze frutos que são: a Caridade, o Gozo, a Paz, a Paciência, a Benignidade, a Bondade, a Longanimidade, a Mansidão, a Fé, a Modéstia, a Continência e a Castidade.
Importa definir em breves palavras, não só os dons mas, fundamentalmente os frutos do Espírito Santo.
- A Caridade é um fruto do Espírito Santo. A caridade é amor e é o maior dos dons, porque ela não desaparece, existe para além da morte. O céu vive no amor: "A fé e a esperança hão-de desaparecer, mas o amor jamais desaparecerá" (1 Cor. 13,8).
- O Gozo ou alegria é caracterizado por aquelas emoções interiores, aquela alegria interior e satisfação espiritual profunda que o Espírito Santo derrama no coração e na alma. A pessoa sente um gozo inexplicável. Não há palavras humanas que possam descrever o gozo que provém do Espírito Santo.
- A Paz de que falamos não tem nada a ver com os motivos ou sensações externas mas é uma paz e suavidade interior, tal como Jesus disse aos Seus apóstolos: "Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz, não como o mundo a dá mas como Eu a dou" (Jo 14, 27). Jesus é a paz e a suavidade da alma.
- A Paciência suporta as adversidades, as doenças, as contrariedades e perseguições. A paciência é o fruto essencial para que o cristão persevere na sua fé. O cristão paciente dificilmente é demovido da sua fé porque ele suporta tudo com paciência. A alma paciente é mansa e humilde, não se revolta contra o seu Deus mas tudo suporta e aceita.
- A Benignidade é a bondade que vai para além da bondade, isto é, muitas vezes fazemos um bem mas só até certa medida. Porém, a benignidade é a execução desse bem que vai para além do que deveria ser feito.
- A bondade é fazer o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que o faz tem um bom coração, amando verdadeiramente. A resposta de alguém que ama a sério é: "Eu amo porque amo."
- A Longanimidade é a paciência para além da paciência, é quando alguém continua a ser paciente depois de, tantas e tantas vezes, ter sido posto à prova.
- O homem Manso dificilmente se revolta. A mansidão está sempre associada à humildade e à paciência. Jesus diz, quando se refere a Si mesmo: "Vinde a Mim que Sou manso e humilde de coração que Eu vos aliviarei. Vinde a Mim que o meu jugo é suave e a minha carga é leve. Vinde a Mim todos vós que estais sobrecarregados porque Eu vos aliviarei" (Mt 11, 28-30). Este é um grande convite do Sagrado Coração de Jesus a todos nós. A mansidão é contra a ira e contra o ódio. Assim, devemos procurar ser mansos, imitando o Divino Mestre.
- A , para além de ser o fruto do Espírito Santo é uma das virtudes teologais. A fé é um dom muito importante, sem ela desesperamos e desanimamos ao longo da nossa caminhada, feita de altos e baixos, com muitas dificuldades. Sem a fé, o cristão chega a certa altura, depois de muitas dificuldades desiste e começa a levantar interrogações e deixa de praticar o bem, deixa de ir à Missa e diz: "Afinal, os que não vão à Missa, têm uma vida melhor do que a minha. Então, que me adianta ir à Missa e rezar?". A fé leva o cristão a manter-se firme na sua caminhada mas esta fé tem que ser conservada e protegida. Uma das maneiras é a oração que aumenta e protege a fé. A oração mantém-nos no caminho da fé e no caminho da salvação, por isso é indispensável.
- A Modéstia relaciona-se com o ser discreto. A modéstia é contra a ostentação e a exibição. A modéstia é o pudor que deve acompanhar todo o cristão pois nele habita Deus. Como tal, devemos respeitar o nosso próprio corpo, não o expondo como um mostruário. Alertai aquelas pessoas que se vestem com mini-saias, decotes exagerados, blusas transparentes, calças exageradamente apertadas, apresentando os contornos do corpo. Podemos usar roupas bonitas e arranjadas com o devido pudor e respeito pelo corpo.
- A Continência é um fruto do Espírito Santo. O homem continente sabe equilibrar-se, dominando a sua sexualidade. Sabe guardar-se e proteger-se. A continência é uma grande virtude. Se os homens e as mulheres de hoje possuíssem esta grande virtude, não haveria em muitos lares tanta tristeza, tanto aborrecimento porque todos saberiam manter a castidade e a pureza. A continência é o domínio de si mesmo em relação aos instintos sexuais.
- A Castidade é um fruto que leva o homem ou a mulher a manter a pureza do corpo e, consequentemente, a pureza da alma, não se deixando manchar, caindo em pecados contra o 6º e 9º Mandamentos. O sexto mandamento diz: "Guardai castidade nas palavras e nas obras"; e o nono mandamento diz: "Guardai castidade nos pensamentos e nos desejos."
S. Paulo, referindo-se aos esposos, fala da Fidelidade dizendo que aquele que é fiel à sua mulher, conserva a castidade e vice-versa. Por isso, S. Paulo quando se refere à fidelidade quer expressar a castidade também no casamento.
Estes doze frutos do Espírito Santo devem suscitar no cristão o desejo e o esforço de os conquistar. Para isso, deverá pedi-los e suplicá-los ao Espírito Santo porque a quem Lhe pede, Ele os dará. Se não os pedirdes, Ele ficará à espera. Contudo, com as preocupações, o corre-corre e a luta pela vida, muitas vezes esquecemo-nos de valores tão sublimes e elevados.
S. Paulo, ao falar dos frutos do Espírito Santo, lembrou os conceitos opostos a estes frutos que são as paixões, referindo-as como obras da carne: bebedeiras, orgias, ira, contendas, partidarismo, ciúme, ódio, inveja, adultério, fornicação. "Os que praticarem tais coisas, não herdarão o Reino de Deus" (Gl 5, 19-21). E, acrescentando,
S. Paulo diz-nos: "Devemos viver segundo o Espírito e não segundo a carne" (Gal. 5,16) e acrescenta: "Quem vive da carne colherá a morte, mas quem vive segundo o Espírito colherá a Vida Eterna" (Gl 6, 8).
Devemos rezar com mais assiduidade ao Espírito Santo, confiando na Sua acção e santificação na Igreja e nas almas. Sem a ajuda e o impulso do Divino Espírito Santo, nada se pode fazer ou cumprir para agradar a Deus ou à Santíssima Trindade, para seguir o verdadeiro caminho.
Os cristãos devem cultivar um amor ardente e mais confiante no Espírito Santo. A devoção ao Espírito Santo é uma devoção necessária para o cristão, uma vez que o Sagrado Coração de Jesus é inseparável do Espírito Santo, ou seja, ser devoto do Sagrado Coração de Jesus implica ser devoto do Espírito Santo que deve ser assiduamente invocado, rezado, convidado e procurado, pois só Ele nos impulsiona à prática do bem.
O Espírito Santo é a alma e o motor da Igreja, é Ele que vem conduzindo a Igreja ao longo do tempo e irá conduzi-la até ao fim dos tempos.
O Espírito Santo é o dom de Deus para a alma do cristão, é o amor e a suavidade do Pai e do Filho, Ele é o espírito da fortaleza. Foi Ele que deu aos mártires a força de morrerem, corajosa e alegremente, pela causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela causa do Evangelho. O Espírito Santo dá a coragem e a energia para que o cristão possa prosseguir no caminho da fé e da salvação.

sábado, 27 de maio de 2017

A mais antiga oração mariana

"À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai‑nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!".
Latim:
"Sub tuum praesidium confugimus, sancta Dei Genetrix; nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus nostris, sed a periculis cunctis libera nos semper, Virgo gloriosa et benedicta".
A oração "Sub tuum praesidium" (À vossa proteção) é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Encontrada num fragmento de papiro, em 1927, no Egito, remonta ao século III. Tem uma excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de perseguições dos cristãos ("Estamos na provação" e "Livrai‑nos de todo perigo) e uma particular importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título de Theotókos (Mãe de Deus). Este título é o mais importante e belo da Virgem Santíssima. Já no século II era dirigido a Maria e foi objeto de definição conciliar em Éfeso em 431. O texto primitivo do qual derivam as diversas variações litúrgicas (copta, grega, ambrosiana e romana) é o seguinte: "Sob a asa da vossa misericórdia nós nos refugiamos, Theotókos; não recuseis os nossos pedidos na necessidade e salvai‑nos do perigo: somente pura, somente bendita".

terça-feira, 16 de maio de 2017

Unidade na variedade

Quem nunca se deteve diante de um bonito animal e desejou quase instantaneamente prolongar os deleites daquela visão prazerosa tirando uma fotografia? Poucos, por certo, se é que houve alguém. Contudo, apesar de ser grande o contingente dos observadores, não muitos dentre eles estão dispostos a fazer a respeito disso uma análise profunda, buscando saber de onde se desprende este encanto que tanto os atrai. 
Há no universo um número incontável de seres. Cada qual possui características que o

segunda-feira, 15 de maio de 2017

NOVO LIVRO SOBRE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, POR MONS. JOÃO CLÁ DIAS

Depois de difundir milhares de exemplares de seu livro “A Aurora do Terceiro Milênio”, em varias línguas, Mons. João S. Clá Dias, EP homenageia a Virgem de Fátima com mais uma publicação: “Por fim, meu Imaculado Coração triunfará!”
Em seu incansável zelo apostólico e desejo de fazer o bem às almas, Mons. João – Fundador e atual Superior Geral dos Arautos do Evangelho e da Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli – nos convida a aproximarmos de Maria Santíssima através desta publicação, louvando-A pelo seu aparecimento, em Fátima, há 100 anos atrás.
O livro poderá ser adquirido através do site: http://www.acnsf.org.br/

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Venha com sua família comemorar os 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima!

Localização sinalizada
 https://www.google.com.br/maps/place/Arautos+S%C3%A3o+Carlos/@-22.0435959,-47.8697986,14z/data=!4m2!3m1!1s0x94b875cfc530d9ab:0x210b3f680245cf0b

As aparições de Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora de Fátima - Dogmas marianos - Maria nunquam satis - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica - Aparições em Fátima - 13 de maio - A Treze de Maio

13 de maio de 1917. Lúcia de Jesus, 10 anos, Francisco Marto, 9 anos e Jacinta Marto, 7 anos, após a Missa na igreja de Aljustrel, lugarejo de Fátima, foram pastorear o rebanho de ovelhas nas terras do pai de Lúcia, na Cova da Iria.
Após um como que clarão de relâmpago, num céu luminoso e sereno, sobre uma carrasqueira de metro e pouco de altura apareceu-lhes a Mãe de Deus.
Segundo as descrições da Irmã Lúcia, era “uma Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente”. Seu semblante era de uma inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura. Como descrever em pormenores seus traços? De que cor os olhos, os cabelos dessa figura celestial? Lúcia nunca o soube dizer ao certo!
O vestido, mais alvo que a própria neve, parecia tecido de luz. Tinha as mangas relativamente estreitas e era fechado no pescoço, descendo até os pés, os quais, envolvidos por uma tênue nuvem, mal eram vistos roçando as franças da azinheira. Um manto lhe cobria a cabeça, também branco e orlado de ouro, do mesmo comprimento que o vestido, envolvendo-lhe quase todo o corpo. “As mãos, trazia-as juntas em oração, apoiadas no peito, e da direita pendia um lindo rosário de contas brilhantes como

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Colorido vivo das cores

Saíras, e Sanhaços: Cores, harmonia e inocência oferecidas por Deus a nós na natureza.
Em todo o mundo natural, o que mais nos atrai seja o reino animal. E no vastíssimo leque de espécies existentes, podemos pensar na agilidade, elegância e beleza das aves.
2016-07-10-LS_89767Talvez sejam as aves a classe mais rica em colorido do reino animal. A variedade de tonalidades é enorme, deixando atônito um observador pouco versado em ornitologia. É o que podemos apreciar nas simpáticas saíras, que exercem um atrativo especial justamente pelas cores de sua plumagem. Apresentam uns azuis, uns vermelhos, uns verdes ou dourados que mais parecem pedras preciosas aladas, sublimando com a vida o reino mineral. Tanto que têm servido de modelos para incontáveis escultores que modelam em pedras semipreciosas, e até mesmo preciosas, lindas figuras destes pássaros.
2016-05-14-LS_87084Verdadeiras joias vivas, estes passarinhos, saídos das mãos do Divino Artífice, são maravilhas postas por Ele na natureza para que, em harmonia com a diversidade de outras cores presentes no mundo vegetal e mineral, possam deleitar o homem e fazê-lo ter saudades do Paraíso, com um desejo ainda maior de conhecer as grandiosas belezas celestiais.
Saibamos admirar os encantos deste mundo com os olhos postos na eternidade, pois, como diz poeticamente Santo Agostinho, “se são belas as coisas que fez, quão mais belo é Aquele que as fez”.
O que Deus tem reservado para os que se salvam é ainda mais belo:“os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”.(I Cor 2, 9)