sexta-feira, 1 de agosto de 2014

"A ORAÇÃO, O GRANDE MEIO DE SALVAÇÃO"


"Quem reza se salva quem não reza..."
(Santo Afonso Maria de Ligório).


O filho mais velho do casal Guiseppe de Ligório e Ana Cavalieri. Nasceu em 27 de Setembro de 1696, em Marianella, nas proximidades de Nápoles. Por haver sido consagrado de modo especial à santíssima Virgem, recebeu o nome de Afonso Maria. Sua Mãe desempenhou papel fundamental na sua formação, incutiu-lhe o gosto pela oração e torno-o ferrenho inimigo do pecado.

Dotado de inteligência brilhante, o futuro doutor da Igreja e fundador dos redentoristas teve em casa uma primorosa educação, sob a tutela de um preceptor e diversos professores, escolhidos com zelo e cuidado.

Antes de completar 14 anos começou a estudar Direito, e aos 16 havia já penetrado de tal modo no intrincado universo das leis napolitanas que lhe foi permitido, por especial concessão, prestar os exames de doutorado em tão jovem idade. Por mais de uma década dedicou-se a prática da advocacia. Sua honestidade e ciência fizeram crescerem a clientela.

Recebeu em Setembro de 1722, o sacramento da confirmação, em tardia idade segundo os costumes de seu tempo, e seis meses depois fez o propósito irrevogável de renunciar ao mundo.

Passou a levar uma vida dedicada à oração e leituras piedosas. Visitava os enfermos do hospital dos Incuráveis. Estando certo dia neste hospital, viu-se circundado de uma luz intensa e ouviu em seu interior estas palavras: “Deixa o mundo e entrega-te todo a Mim.” Estupefato, respondeu: “Senhor, há muito tempo resisto à vossa graça: Fazei de mim o que Vos aprouver.”

Ainda sob o influxo dessa manifestação sobrenatural, dirigiu-se para a Igreja de Redenção dos cativos e lançou-se aos pés de Maria, pedindo-lhe a graça de conhecer e cumprir a vontade de Deus. Sentiu-se então inspirado a abraçar o sacerdócio. Ingressou então no seminário diocesano e, sendo já diácono, solicitou sua admissão na celebre Congregação da Propaganda ou das missões apostólicas.


Quando foi ordenado presbítero, em 21 de dezembro de 1726, estabeleceu para si mesmo a obrigação de levar uma vida dedicada à ação missionária e à contemplação, seguindo os passos do Divino Redentor.

Dedicou-se ao apostolado nas periferias dos grandes centros, pois percebeu que os pobres tinham muitas necessidades espirituais. Nasceram, assim, as Cappelle seritone – Capelas vespertinas – instituição que acabou obtendo uma extraordinária expansão.

No dia 9 de Novembro de 1732, fundou a congregação do Santíssimo Redentor, com a missão de “seguir Jesus Cristo através dos povoados e das aldeias, pregando o evangelho por meio de missões e aulas de catecismo.”

Quando já havia passado a metade de sua vida, o padre Afonso adoeceu. Não podendo mais dedicar-se as missões, consagrou seu tempo em escrever livros e opúsculos que serviam de esteio para as missões.

Em 1762 foi nomeado bispo de Santa Águeda dos Godos. Durante seus treze anos de episcopado, fazia questão de pregar todos os sábados em honra a Nossa Senhora na Catedral.

Em 1775, estando por completar 80 anos, o papa aliviou-o do governo da diocese. Transferiu-se então o convento de Pagani, onde levou uma vida de recolhimento.

Contudo, a mais terrível prova ainda estava por vir: a perseguição movida contra ele por alguns membros da congregação que ele fundara, culminando com sua exclusão temporária da mesma, determinada por Roma. A tudo isso ele reagiu com inteira flexibilidade aos desígnios do Altíssimo, dizendo: “Vontade do papa, Vontade de Deus.”

Depois de tantos anos de sofrimentos e provações, Afonso entregou serenamente sua alma a Deus, `a hora do Ângelus do dia 1º de Agosto de 1787.

(Boletim Maria Rainha dos Corações – Irmã Juliane Vasconcelos A. Campos, EP)

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