"Quem
reza se salva quem não reza..."
(Santo Afonso Maria de Ligório).
O filho
mais velho do casal Guiseppe de Ligório e Ana Cavalieri. Nasceu em 27 de
Setembro de 1696, em Marianella, nas proximidades de Nápoles. Por haver sido
consagrado de modo especial à santíssima Virgem, recebeu o nome de Afonso
Maria. Sua Mãe desempenhou papel fundamental na sua formação, incutiu-lhe o
gosto pela oração e torno-o ferrenho inimigo do pecado.
Dotado
de inteligência brilhante, o futuro doutor da Igreja e fundador dos
redentoristas teve em casa uma primorosa educação, sob a tutela de um preceptor
e diversos professores, escolhidos com zelo e cuidado.
Antes de
completar 14 anos começou a estudar Direito, e aos 16 havia já penetrado de tal
modo no intrincado universo das leis napolitanas que lhe foi permitido, por
especial concessão, prestar os exames de doutorado em tão jovem idade. Por mais
de uma década dedicou-se a prática da advocacia. Sua honestidade e ciência
fizeram crescerem a clientela.
Recebeu
em Setembro de 1722, o sacramento da confirmação, em tardia idade segundo os
costumes de seu tempo, e seis meses depois fez o propósito irrevogável de
renunciar ao mundo.
Passou a
levar uma vida dedicada à oração e leituras piedosas. Visitava os enfermos do
hospital dos Incuráveis. Estando certo dia neste hospital, viu-se circundado de
uma luz intensa e ouviu em seu interior estas palavras: “Deixa o mundo e
entrega-te todo a Mim.” Estupefato, respondeu: “Senhor, há muito tempo resisto
à vossa graça: Fazei de mim o que Vos aprouver.”
Ainda
sob o influxo dessa manifestação sobrenatural, dirigiu-se para a Igreja de
Redenção dos cativos e lançou-se aos pés de Maria, pedindo-lhe a graça de
conhecer e cumprir a vontade de Deus. Sentiu-se então inspirado a abraçar o
sacerdócio. Ingressou então no seminário diocesano e, sendo já diácono,
solicitou sua admissão na celebre Congregação da Propaganda ou das missões
apostólicas.
Quando
foi ordenado presbítero, em 21 de dezembro de 1726, estabeleceu para si mesmo a
obrigação de levar uma vida dedicada à ação missionária e à contemplação,
seguindo os passos do Divino Redentor.
Dedicou-se
ao apostolado nas periferias dos grandes centros, pois percebeu que os pobres
tinham muitas necessidades espirituais. Nasceram, assim, as Cappelle seritone –
Capelas vespertinas – instituição que acabou obtendo uma extraordinária
expansão.
No dia 9
de Novembro de 1732, fundou a congregação do Santíssimo Redentor, com a missão
de “seguir Jesus Cristo através dos povoados e das aldeias, pregando o evangelho
por meio de missões e aulas de catecismo.”
Quando
já havia passado a metade de sua vida, o padre Afonso adoeceu. Não podendo mais
dedicar-se as missões, consagrou seu tempo em escrever livros e opúsculos que
serviam de esteio para as missões.
Em 1762
foi nomeado bispo de Santa Águeda dos Godos. Durante seus treze anos de
episcopado, fazia questão de pregar todos os sábados em honra a Nossa Senhora
na Catedral.
Em 1775,
estando por completar 80 anos, o papa aliviou-o do governo da diocese.
Transferiu-se então o convento de Pagani, onde levou uma vida de recolhimento.
Contudo,
a mais terrível prova ainda estava por vir: a perseguição movida contra ele por
alguns membros da congregação que ele fundara, culminando com sua exclusão
temporária da mesma, determinada por Roma. A tudo isso ele reagiu com inteira
flexibilidade aos desígnios do Altíssimo, dizendo: “Vontade do papa, Vontade de
Deus.”
Depois
de tantos anos de sofrimentos e provações, Afonso entregou serenamente sua alma
a Deus, `a hora do Ângelus do dia 1º de Agosto de 1787.
(Boletim Maria Rainha dos
Corações – Irmã Juliane Vasconcelos A. Campos, EP)
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