quarta-feira, 27 de julho de 2016

Qual a origem da palavra “capela”?

São Martinho de Tours divide sua capa com o pobre. Museu de Cluny, Paris


 No Rito da Comunhão, da Santa Missa, evocamos as palavras ditas pelo centurião romano a Jesus em Cafarnaum: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado" (Mt 8, 8). Contudo, não é ele o único soldado romano recordado com frequência nas igrejas.

Em meados do século IV, encontramos São Martinho de Tours (316-397), jovem militar romano, alistado na cavalaria imperial. Filho de um oficial superior do exército, era catecúmeno da Igreja Católica e se preparava para receber o Batismo. Chegando às portas de Amiens, na Gália, num dia de rigoroso inverno, deparou-se com um mendigo desabrigado em situação de grave risco.

Seguindo literalmente as palavras do Divino Mestre, Martinho partiu ao meio sua capa e deu a metade ao necessitado. Naquela noite, apareceu-lhe em sonhos Nosso Senhor Jesus Cristo coberto com a parte da capa por ele dada ao mendigo. Assim lhe agradecia o Divino Redentor seu ato de generosidade.

Martinho foi batizado e mais tarde tornou-se Bispo de Tours. Sua fama de santidade era tal que a metade da capa que lhe restara - denominada cappella, ou seja, capinha - foi posta num relicário e guardada num oratório onde melhor podia ser vista e venerada pelos fiéis. Não tardou tal oratório a ser chamado de cappella. E no decorrer do tempo este termo acabou designando todo lugar de culto de pequenas dimensões.

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